15 outubro 2006

Que vazio? Vazio eu?

Que vazio é este que por vezes me invade? O vazio de sentir que o tempo que tenho é apenas meu. Não o partilho com mais ninguém. Não sei se é de não poder perder tempo ou de não querer voltar a arriscar. Voltar a tentar estar com alguém e as coisas correrem mal. É mais fácil estar com mil projectos que nos ocupem o tempo e que nos façam sonhar. Sonhar com algo novo. Algo que sucede sem estarmos à espera. Ando a fugir ao mundo da afectividade, também, e aproximar-me do efémero. Esse mundo que não dura e não marca. Não me invade... Não faz perguntas! Neste momento tenho medo do sentimento. Esse senhor que tantas vezes me deixou mal. Como fosse aquele amigo que não se pode confiar. Não se pode dar espaço, senão ele "fode-nos".

O ser humano tem algo de extraórdinário. Tem uma coisa que damos o nome de emoções. Algo que nos distingue de tudo o que existe. Nos distingue das máquinas e dos animais (estes também têm emoções, mas diferentes das nossas). Nós temos algo que se pode chamar uma inteligência emocional. Neste campo, uns são mais inteligentes que outros. Neste tempo que tenho estado no planeta Terra, tenho-me apercebido que esta inteligência deve ser a mais importante de todas. Uma pessoa movida por um sentimento move montanhas. Basta olharmos para inúmeros exemplos no desporto, quando o orgulho nacional se sobrepõe ao racional. Ou por exemplo, as estupidezes ou "cenas" incríveis que já fizemos movidos pelo amor. No entanto, este sentimentos ou emoções que tanto nos podem levar a fazer o bem e o incrível, podem ser bastante duros em determinadas alturas. Provocam a dor. Ou mesmo, podem levar as pessoas a fazerem coisas horríveis. Talvez por isso, que muitas vezes ficamos "parvos" com as "cenas" que acontecem hoje em dia. Que ouvimos nos noticiários. Ou que vemos pessoas chegadas a fazerem. O injustificável e o irracional acontece!

Ultimamente tenho achado que a emoção é o meu calcanhar de Aquiles. Algo que tento reprimir. Que tento que não me domine. Que não faça coisas que não quero. Há pessoas... há pessoas... Há pessoas que nos levam ao extremo. Mesmo passado tanto tempo. Tanto tempo sem as vermos. Sem sequer ouvirmos falar delas. Mas basta ouvir o seu nome, para algo se passar. Algo estranho em nós. Sou muito orgulhoso! Admito! Penso que tudo o que faço está bem ou se não está... demoro tempo a percebe-lo. Às vezes esse tempo é a minha desgraça. Grande defeito este meu! Que tal voltar a trás e mudar as coisas? Não! Isso era mudar tudo o que eu possuo. Esse controlo no sentimento, que não posso demonstrar a ninguém. O que ando para aqui a dizer? Esqueçam este artigo. Não vale apena ler.


















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