Verdade
Finalmente chegou o nosso primeiro dia de aulas da primeira classe! Já nos sentimos crescidos e sentimos uma grande excitação e expectativa em relação ao que vêm ai! Estamos alegremente, sentados na nossa secretária que está na sala de aula com o nome de Sistema Solar. Demos carinhosamente o nome de Terra a esta nossa velha secretária que nos acompanhou até agora. Cada vez menos nos preocupamos com ela. Não cuidamos dela e por vezes, cortamos pequenas farpas às suas extremidades, escrevemos nomes sem sentido no seu tampo e mostramos-lhe o nosso constante desagrado em relação à vida. Somos muito duros e queixosos com ela! No entanto, ela por vezes queixa-se também, sem sequer a ouvirmos... Não lhe damos nenhuma atenção e houve vezes que ela já nos atirou ao chão! Felizmente sempre conseguimos levantar-nos e nunca foi nada de grave.
A verdade é que no nosso íntimo sentimo-nos muito sozinhos... Estamos numa sala de aula com mais algumas carteiras, mas estão todas vazias! Por vezes sentimo-nos também aborrecidos e chateados... e quase nunca ouvimos as lições dadas pela nossa professora que tanto nos esforça por ensinar. Fazemos questão de estarmos sempre a olhar para o pátio que demos o nome de Universo. É quase hipnótico estar a olhar e imaginar como será correr e divertimo-nos nele. Temos um forte desejo para que o toque da campainha soe para irmos finalmente brincar com os outro meninos e meninas das outras salas.
No entanto, mesmo aí, no pátio, temos noção que estaremos fechados e presos na mesma. Talvez com um pouco mais de liberdade. Isto deve-se aos enormes muros que o rodeiam. Os muros que travam a percepção e compreensão humana. Muros tão elevados que nem o céu conseguimos vislumbrar. É um pátio muito escuro.
Mesmo ai... nesse pátio... esperamos impacientes pelo nosso Pai que nos levará finalmente para o calor da nossa casa...
Onde tudo é seguro e nos sentiremos livres.
Onde tudo é certo.
A verdade é que no nosso íntimo sentimo-nos muito sozinhos... Estamos numa sala de aula com mais algumas carteiras, mas estão todas vazias! Por vezes sentimo-nos também aborrecidos e chateados... e quase nunca ouvimos as lições dadas pela nossa professora que tanto nos esforça por ensinar. Fazemos questão de estarmos sempre a olhar para o pátio que demos o nome de Universo. É quase hipnótico estar a olhar e imaginar como será correr e divertimo-nos nele. Temos um forte desejo para que o toque da campainha soe para irmos finalmente brincar com os outro meninos e meninas das outras salas.
No entanto, mesmo aí, no pátio, temos noção que estaremos fechados e presos na mesma. Talvez com um pouco mais de liberdade. Isto deve-se aos enormes muros que o rodeiam. Os muros que travam a percepção e compreensão humana. Muros tão elevados que nem o céu conseguimos vislumbrar. É um pátio muito escuro.
Mesmo ai... nesse pátio... esperamos impacientes pelo nosso Pai que nos levará finalmente para o calor da nossa casa...
Onde tudo é seguro e nos sentiremos livres.
Onde tudo é certo.
2 Comments:
Quem é este Pai que nos vem buscar...? Fala-me dele...
gostei muito!
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