Estava escuro e o álcool à muito que tinha-se apoderado de parte do meu sangue. Reivindicou para si alguns direitos sobre o meu comportamento devido à sua nova apropriação de terras. Ditou que tivesse mais anestesiado a estímulos exteriores. Ditou que o mundo tivesse mais sentido aos meus olhos. Que todas as coisas tivessem em harmonia com a natureza e que nada, mas nada, a interrompesse. Como se tivesse num circo de crianças sem palhaços e com uma banda cigana em música de fundo. Poisei o copo e passei a mão pelos cabelos. Sentia a cabeça pesada. Inspirei mais um pouco daquele puro feito numa ilha distante. Que bem que sabia. Já era o quarto que fumava nessa noite. Já começara a sentir o sabor da Terra do ditador nos lábios. Sabor de conhecimentos passados entre gerações milenares.
Olhei em minha volta e vi um lugar estranho. Um sítio em que uma névoa pairava no ar. Imaginei então este sítio sem aquelas luzes intermitentes e coloridas, sem sombras, e encontrei um sítio vazio. No entanto, àquela hora e naquele estado tudo fazia sentido. Um espelho que reflectia fantasmas errantes e que estava atrás de um homem a por um som metódico, como se chamasse pelo seu exército perdido. Uma raiz de uma árvore falsa que percorria todo o tecto. As paredes com uma cor castanha de uma época que não nos encontramos. Uma cortina cor de sangue que nos tapava do mundo exterior. Tudo fazia sentido... Todos os corpos se moviam e deslizavam ao som dos graves, e de alguns agudos perdidos. Todos em sintonia. Como se tratassem das escamas de uma serpente gigante em movimento. Tudo se movia com um objectivo. Com o objectivo de atacar a sua presa. Um coelho indefeso algures entre as ervas altas do pântano que todos nos encontrávamos.
Pareceu-me ter visto uma dessas escamas que se movia em sentido contrário. Não percebi bem o porquê, não tinha qualquer sentido! Prejudicava um pouco a progressão da serpente e que lhe causava dor ao mover-se. Era uma espécie de nascente de sangue frio da serpente sábia.
Fui ter com ela e perguntei-lhe o que fazia ali. Ela pediu-me um puro. Disse que tinha vindo de longe, mas que em breve iria partir para sua casa. Tinha vindo do outro lado do oceano e que em breve deixaria de causar dor à serpente. O meu coração foi invadido subitamente por um aperto. Como uma mão de um ciclope que me despadaçava o orgão rei. Sem saber bem porquê, senti saudades daquela escama. Abracei-me a ela e pedi-lhe que não fosse embora.
Olhei em minha volta e vi um lugar estranho. Um sítio em que uma névoa pairava no ar. Imaginei então este sítio sem aquelas luzes intermitentes e coloridas, sem sombras, e encontrei um sítio vazio. No entanto, àquela hora e naquele estado tudo fazia sentido. Um espelho que reflectia fantasmas errantes e que estava atrás de um homem a por um som metódico, como se chamasse pelo seu exército perdido. Uma raiz de uma árvore falsa que percorria todo o tecto. As paredes com uma cor castanha de uma época que não nos encontramos. Uma cortina cor de sangue que nos tapava do mundo exterior. Tudo fazia sentido... Todos os corpos se moviam e deslizavam ao som dos graves, e de alguns agudos perdidos. Todos em sintonia. Como se tratassem das escamas de uma serpente gigante em movimento. Tudo se movia com um objectivo. Com o objectivo de atacar a sua presa. Um coelho indefeso algures entre as ervas altas do pântano que todos nos encontrávamos.
Pareceu-me ter visto uma dessas escamas que se movia em sentido contrário. Não percebi bem o porquê, não tinha qualquer sentido! Prejudicava um pouco a progressão da serpente e que lhe causava dor ao mover-se. Era uma espécie de nascente de sangue frio da serpente sábia.
Fui ter com ela e perguntei-lhe o que fazia ali. Ela pediu-me um puro. Disse que tinha vindo de longe, mas que em breve iria partir para sua casa. Tinha vindo do outro lado do oceano e que em breve deixaria de causar dor à serpente. O meu coração foi invadido subitamente por um aperto. Como uma mão de um ciclope que me despadaçava o orgão rei. Sem saber bem porquê, senti saudades daquela escama. Abracei-me a ela e pedi-lhe que não fosse embora.