26 fevereiro 2007

"Investir no conhecimento dá sempre mais lucro"
Benjamin Franklin, político e inventor (1706-1790)

24 fevereiro 2007

Agostinho da Silva

Homem
"O homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o inesperado feito pessoa."

Deus
"A matemática não pode provar que há Deus, nem pode provar que não há, portanto, é uma crença acreditar que há ou que não há."

Amor
"São dois verbos distintos, o verbo "amar" e o verbo "ter". A posse destrói sempre o amor."

Casamento
"Existem várias maneiras de as pessoas se casarem: pela metafísica ou pela física. Tudo depende de uma coisa ou de outra."

Preguiça
"Acho que o que é preciso criar é um subsídio ao ócio... porque assim não seria necessário tanta gente a trabalhar."

Quinto Império
"Acredito no Quinto Império, porque senão o acto de viver era inútil. Para quê viver se não achássemos que o futuro vai trazer-nos uma solução que cure os problemas das sociedades de hoje?"


Comprei mais um livro
"A última conversa - Agostinho da Silva" da casa das letras

17 fevereiro 2007

Nietzsche ao poder!

"As coisas maiores são para os maiores, os abismos são para as pessoas profundas, as coisas delicadas e arrepiantes são para as pessoas subtis e, numa só palavra, tudo o que é raro, para as pessoas raras." Friedrich Nietzsche
"il ne cherche le vrai que pour faire le bien"


Tal ingénua afirmação não passa de uma falsidade e de uma utopia.

16 fevereiro 2007

"Só pode ter verdadeiramente um grande respeito aquele que não se procura a si mesmo" - Goethe

14 fevereiro 2007

De volta de Barcelona

Estou de volta de Barcelona. Que cidade maravilhosa! Numa semana deu para ter uma ideia o porquê desta cidade ser considerada como uma das mais culturais e ricas da Europa. Grandes artistas como Pablo Picasso, Joan Miró, Antoni Gaudí, Antoni Tàpies, entre outros, viveram e trabalharam em Barcelona. O trabalho destes “ícones” da arte fizeram com que esta cidade crescesse e se assumisse como uma das capitais artísticas europeias de maior proeminência.
O que realmente muda em Barcelona em relação a Lisboa, não é apenas a cultura pela arte. Mas sim, uma sociedade multicultural que nos rodeia e que assume a diferença como virtude - como deveria ser sempre considerada. Como é próprio das cidades espanholas, as pessoas em vez de irem para centros comerciais (como é próprio da mentalidade portuguesa) ficam na rua a passear e a conviver. As ruas de Barcelona estão sempre com imensa vida graças a isto. As pessoas em Barcelona vivem a cidade e a cidade vive das pessoas. Um dos grandes problemas de Lisboa é as pessoas não viverem no centro da cidade, mas sim nos dormitórios à volta. As ruas de Lisboa (salvo algumas) não têm qualquer vida. Felizmente começam a existir alguns movimentos com o intuito de dar vida a Lisboa, no entanto ainda estamos muito longe de isso acontecer por completo. Principalmente, têm que se mudar a mentalidade dos lisbonenses e dos portugueses.
Uma cidade desenvolvida têm que ser mais do que um dormitório! Os centros comerciais deveriam ser todos demolidos em Portugal! É uma das aberrações portuguesas! (Juntamente com outras). Como será possível que os portugueses pensem que para relaxar e passarem um bom tempo devem ir a um centro comercial? Esta cultura do ultra consumismo dá comigo em doido. As relações pessoais desenvolvem-se em centros comerciais? Desenvolvem-se em discotecas e bares? E mesmo em relação à própria pessoa em si, o que vai ganhar com isto? Vamos pôr os nossos horizontes mais à frente meus senhores e minhas senhoras! Chega de “pequenês” e da mentalidade da província.
Um grande erro no passado foi o poder que foi dado à construção civil e às autarquias para o planeamento urbano. A construção civil em Portugal é uma das responsáveis pelo planeamento urbanístico, juntamente com os inúmeras pessoas irresponsáveis que passaram pelas autarquias e que o permitiram. O “boom” português após 74 fez com que fosse necessário a construção desenfreada de casas novas. Seguiu-se também o aparecimento de inúmeros “bairros de lata”. O que contribuiu ainda mais para o aparecimento ainda mais dos chamados bairros sociais. Dormitórios atrás de dormitórios! Estava-se a cometer um autêntico homicídio e a vítima era Lisboa. Agora passado estes anos, o que fazer? Questão complexa... Não podemos deitar tudo abaixo e construir tudo de novo. Tal como inúmeros lideres militares disseram, é mais fácil reconstruir e voltar a planear uma cidade depois de uma guerra, visto que o inimigo nos poupou o dinheiro e tempo de sermos nós a destruir tudo. Claro que isto é uma visão radical, mas funcionou com Berlim. A guerra em Lisboa será connosco próprios. Guerra ao portuguesismo!
O típico português é corrupto por natureza, visto que isso é ensinado na própria família. As famílias portuguesas ensinam o facilitismo, o consumismo extremo, o individualismo e principalmente, o padrão. Desde 74 estamos em festa! Todas as pessoas que nasceram após este ano nasceram em festa e para a festa. E continuam em festa! A sociedade portuguesa é uma festa na qual no dia seguinte está tudo de ressaca.
Muito há a mudar... Seremos nós a mudar isso! Não fiquemos de braços cruzados.
De chegada a Barcelona fico muito contente pelo Sim ter ganho no referendo ao aborto. Uma das pequenas vitórias nesta guerra, talvez um pouco inglória. No entanto, tenho que fazer aqui um protesto. Sei que a culpa em parte é minha por ter marcado uma viagem na altura do referendo. Quando a marquei à um mês atrás não me lembrei da data do referendo. Não é desculpa! No entanto, em que país estamos nós que apenas podemos votar se estivermos na nossa área de residência? Quantas pessoas estariam fora de Portugal e da sua área de residência nessa altura e não puderam votar? Tantas vezes se põe responsabilidades e virtudes à internet e porque não pôr também um pouco do dever cívico nela? Será assim tão grotesco? Ter a opção de votar pela internet? Penso que não. Penso que o voto será encarado à mesma com a devida responsabilidade. Tenho a convicção que é algo que deveria mudar.
Em relação ao aborto lembro-me especialmente de uma conversa que tive em Barcelona com uma grega, uma norte-americana e um espanhol e os meus amigos portugueses. A conversa começou comigo a informá-los que naquele dia estar-se-ia a votar num referendo ao aborto. Eles ficaram bastante perplexos como seria possível ainda isso ser posto em causa em Portugal. Eu fiquei sem resposta para lhes dar. No entanto, a nossa conversa evoluiu de uma maneira interessante para o papel da mulher na sociedade (muito pela parte da rapariga americana). Na sua opinião, achava que a mulher ainda era muito descriminada em detrimento do homem. De certa forma concordo, no entanto muito têm vindo a mudar. Também falámos da lei que vai ser aprovada no qual cada partido têm que ter a obrigatoriedade de ter 30% de mulheres no parlamento. Na minha opinião acho esta lei ridícula. Põe o estatuto da mulher de uma forma quase não desejada e diferencia de facto, o homem da mulher. Por fim chegou-se ao tema que mais dividiu as pessoas na sala. A americana e o espanhol achavam que todos éramos iguais indiferentemente da raça ou sexo. Na minha opinião, penso que um homem é em muitos aspectos diferente de uma mulher (falando em termos gerais). E uma pessoa que vive numa cultura totalmente diferente da nossa é diferente de nós. E na minha opinião claro que não se resume apenas à cultura, mas algo que está inato em nós. Nos nossos genes. A genética é bastante importante. E é algo que não deve ser ignorado.
Foi uma conversa muito interessante e que mostrou diferentes pontos de vista. Deu também para ter a consciência (mais uma vez) que nos povos latinos o papel da mulher ainda está muito descriminado. Mas de facto, é um tema muito pouco consensual. No entanto, como é obvio a História e a Sociedade são duas realidades que não podem ser ignoradas para o estudo da própria sociedade e do indivíduo.


“Os sexos iludem-se um sobre o outro; isso faz com que, no fundo, eles só se respeitem e amem a si mesmos (...). Assim, o homem quer a mulher pacífica, mas, juntamente, a mulher, essencialmente, não é pacífica, tal como o gato, por mais que se tenha exercitado a dar uma aparência pacífica.” Friedrich Nietzsche

07 fevereiro 2007

Barcelona

Daqui a uma hora e meia parto para Barcelona com o meu amigo Duarte.

Dia 13 de Fevereiro estou de volta!

Até lá!

05 fevereiro 2007

Livro de Hitler

Hoje acabei de ler mais um livro. Desta vez foi "O Livro de Hitler". Tal como diz na capa: "Dossier secreto do NKVD, encomendado por Josef W. Estaline, organizado com base no interrogatório feito em Moscovo, entre 1948 e 1949, a Otto Gunsche, oficial da SS e responsável pela agenda político-militar de Hitler, e a Heinz Linge, mordomo de Hitler.".
O livro retrata a vida pessoal de Hitler desde o inicio da sua ascensão ao poder, até ao seu suicídio no seu bunker em Berlim. Há diversos aspectos perturbadores ao longo de todo o livro e que me fizeram reflectir. O uso, da parte de Hitler, de estimulantes (uma espécie de Speeds) e de gotas (uma substância à base de cocaína) nos olhos, era constante. A enorme facilidade com que Hitler decretava penas de morte para os seus subordinados, que iam desde o simples soldado a generais. Já na fase final da guerra, também na decretação à morte de milhares de pessoas apenas por tentarem fugir da guerra, acusadas de “traição à pátria”. Será que os fins justificavam os meios? Estaline também usou e abusou de tácticas de repressão violentíssimas como estas. Será que a guerra das guerras apenas poderia ser disputada nestas circunstâncias? São questões que ficam e talvez nunca conseguiram ser respondidas friamente.
Em relação aos campos de concentração o livro mostra claramente que Hitler tinha o conhecimento destes. Aliás, aquando o recuo constante das tropas alemães, Hitler ordenou a Himmler o assassínio de todas as pessoas que estavam em campos de concentração. Aqui as forças ocidentais tiveram um papel preponderante juntamente com Himmler (visto que a libertação dos campos de concentração era encarado para Estaline como secundário). Himmler contrariando, de certa forma, a ordem de Hitler, fez com que os seus oficiais da SS fossem “brandos” com os prisioneiros (Hitler referiu inúmeras vezes que os oficiais da SS eram uns sentimentalistas e que deveriam ser mais duros). De certa forma, o destino de milhões talvez foi menos terrível do que Hitler planeara. Mesmo assim morreram, estimadamente, cerca de 10 milhões de pessoas nos campos de concentração, das variadíssimas formas.
O livro mostra também inúmeros factos. Nomeadamente o facto de Hitler ter subestimado as forças russas aquando a invasão da Rússia por parte dos alemães. Foi chamada de operação Barbarossa, onde três milhões de tropas alemães começaram a maior batalha da história, violando todos os tratados de não agressão com o russos. Hitler planeou a batalha como uma guerra relâmpago (ou Blitzgrieg) e pensou que não demoraria mais de quatro meses a conquistar a Rússia. Como Napoleão, Hitler tombou na Rússia. E foi às portas de Estalinegrado que Hitler perdeu a Grande Guerra. A Rússia e o tempo venceram o exército mais forte do mundo da altura. Condições climatéricas extremas, desde tempos gélidos até temperaturas escaldantes, fizeram com que toda a maquinaria alemã não resistisse, ao contrário da rudimentar mas robusta maquinaria soviética. A partir dai, de Estalinegrado, o exército alemão recuou até à própria capital, Berlim. Hitler condenou o seu exército ao lhe oferecer apenas roupas de Verão. Ao chegarem temperaturas negativas extremas (as temperaturas desceram abaixo dos 40º negativos), todo o seu exército gelou. Milhões morreram devido ao frio e fome. Houve mais mortes por entre o exército alemão devido ao frio do que por combate. Hitler decidiu então enviar roupas quentes retiradas nos campos de concentração às suas tropas. Mas era demasiado tarde! O seu exército congelara após ter avançado mais de dois mil quilómetros russos.
No entanto, há que referir que a intervenção dos Estados Unidos na guerra ajudou bastante Estaline e a guerra contra a Alemanha. Estaline vê então, os olhos do Japão virados para os Norte-Americanos. Estaline transferiu as suas unidades do exército Siberiano para a defesa de Estalinegrado. Estas ajudaram a mudar o curso da guerra.
Outro facto que o livro mostra é o facto do exército soviético ser aquele que mais perdas sofreu durante esta grande guerra. Generais alemães disseram então que a batalha contra o exército russo era como, uma analogia, em que um elefante (representado como o exército alemão) entraria numa luta contra uma colónia de formigas (exército soviético). Este esmagaria milhões de formigas, mas no final as formigas comeriam o elefante até ao osso, devido ao seu enorme número. De facto, a guerra foi ganha pelos Russos. Os exércitos, que tanto enaltecemos (e bem) como Ingleses, Canadianos, Norte-Americanos, Australianos e Escoceses mais não fizeram como ajudar os Russos a entrar em Berlim.
Hitler suicidara-se no seu bunker, com os russos a cerca de 10 km de si, com um tiro na têmpera direita. Foi assim o fim do Terceiro Reich.
Como seria o mundo se Hitler realmente conquistasse a Rússia? A resposta pode ser aterradora.

“A Alemanha rendeu-se a 8 de Maio de 1945. Terminou assim a Era do Terceiro Reich, que segundo Hitler deveria durar mil anos. No seu discurso de tomada de posse, Hitler dissera ao povo alemão:
- Comigo no poder, daqui a doze anos ninguém reconhecerá a Alemanha.
E após o domínio de Hitler a Alemanha ficou, de facto, irreconhecível: jazia em ruínas e cinza. O próprio Hitler pusera termo à vida por medo dos russos.”

Entrar-se-ia então na guerra fria. A terceira guerra mundial poderia vir a caminho.

Sentimentos e sonhos

O ser humano apenas dá valor a algo após a sua perda. Aquando a ocorrência de uma perda existem sempre grandes lembranças e saudades, que normalmente são sempre seguidas de grandes discursos na qual a enaltecem. No entanto, quando possuímos algo tendemos a desvalorizar o que temos e a lembrar apenas o que não possuímos. O valor que damos a um objecto ou a uma pessoa acresce aquando a sua perda. O que posso concluir após constatar isto? Que somos um cambada de hipócritas que apenas damos valor ao distante e não ao que nos é próximo? Ou então, que a dor é um sentimento mais forte que o amor? Talvez seja... Talvez uma vida sem dor não seja uma vida vivida. E uma vida sem amor? Será uma vida vivida? Penso que não. A dor e o amor são talvez os sentimentos mais fortes que uma pessoa pode ter. Uma vida com sentimento é uma vida vivida, portanto a dor e o amor na vida andam de mãos dadas. No entanto, são sentimentos que nos põe numa situação de risco. Nos põem frágeis e que todas as defesas poderão ter o risco de implodir.
E o sonho? Será o sonho um sentimento? Penso que será um conjunto de sentimentos que nos levarão a um objectivo distante e desejado. Um objectivo que talvez nunca poderemos realizar. Talvez por ser demasiado distante ou então impossível de todo. No entanto, penso que Portugal precisa de sonhadores. Precisa de objectivos mais distantes mesmo que estejam destinados ao fracasso. Seremos nós os actores dessa revolução sonhadora? Uma revolução levada pelo sentimento e não por aspectos económicos? Se formos a ver de forma fria, a economia é levada pelos sonhos de alguns. Os sonhos trazem capital (talvez não a quem os teve). “Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce.”!

Meus caros e minhas caras,

Vamos sonhar!

02 fevereiro 2007

Barcelona

Vou voltar a Barcelona no dia 7 de Fevereiro. Fico lá até dia 13. Finalmente de férias! E vou começar as mesmas com o pé direito!

Barcelona Here We GO (again)!