24 junho 2006

Directas!

Este semestre ainda fiz algumas... Umas a trabalhar, outras sem conseguir dormir e outras sem dar descanso a este meu corpo! Longas noites... Sonos trocados... Alguns com sonhos... Mas principalmente com pesadelos... Pesadelos que duram horas e horas... E fazem questão em perdurar.
Passamos muito tempo na vida a dormir. É engraçado... Será que irei ter problemas para dormir a minha vida toda? Espero que não... Espero que seja passageiro!

Hoje vi um filme que me fez pensar bastante. “Le Temps qui reste”. Um filme em que a história passa toda à volta de um homem, que está com idade na casa dos 30 anos, e que descobre que vai ter apenas 3 meses de vida. Tem um cancro em estado terminal e incurável. Ele vai querer tentar reencontrar-se com uma infância perdida e também tenta fazer aquilo que não fez. Também afasta todas as pessoas importantes para si, para não ver os seus rostos de desolação e tristeza. A única pessoa que fica a saber do seu terrível destino é a sua avó, que segundo o próprio, compartilha com ele esse mesmo destino (vai também morrer em breve, no entanto, pela sua idade avançada). Refugia-se nos seus pensamentos e memórias dos tempos de criança. Dos tempos que brincava com a sua irmã na casa de sua avó. Tentando recordar a altura em que não havia ódio na relação entre eles... Tentou procurar um culpado, como o seu pai que traiu inúmeras vezes a sua mãe e sempre fora uma pessoa bastante fria e distante. Talvez a sua personalidade bastante agressiva tenha tudo a ver com a relação com o pai. O ódio que sentia por ele. O amor que sentia pela sua mãe. A sua sexualidade vem à discussão também... Era homossexual e assumia-o. Talvez a relação com o seu pai, mais uma vez, pode ter contribuído para a sua escolha. Como ele próprio dizia, por vezes via-se, em sonhos, a fazer sexo com a sua mãe, com o seu pai e até com o seu psicólogo. A busca por amor é evidente!

Será que não é o que todos buscamos? Por amor?
Todos temos os nossos fantasmas... Alguns do passado distante, outros de um não tão distante. Eles continuam apesar de os querermos ignorar e esquecer. Enfrentando-os, tal como tenta mostrar o filme, é a melhor solução... É claro que falar é fácil!

Quais são os fantasmas que te perseguem?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Temos filosofo, hehe.

21:48  

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