14 junho 2006

“You can free my mind...”

São 3h30 da manhã e não consigo dormir... Não sei se é dos relâmpagos, se é da chuva ou se é das melgas, que fazem questão de querer sugar todo o meu sangue hoje à noite. Talvez seja de mim... Ando a pensar no que ando a fazer e a sentir. É estranho como à um ano tinha tantos planos e agora esses planos parecem todos tão distantes. É estranho aperceber-me que o meu “eu” procura a solidão. Parece que tento afastar toda a gente que me rodeia e que gosta de mim. Ainda não percebi bem porquê. Também ainda não percebi se sou eu que afasto ou se são as pessoas que se afastam. Dou por mim a ser antipático, e às vezes, intolerante a pequenos defeitos de diversas pessoas... Parece que quero criar o meu mundo, onde não haja o tão afamado “mal”. Ou será, que vejo o mal em tudo o que observo? Será que as pessoas são assim tão podres? Ou será que sou eu que sou tão exigente com os outros, mas não sou exigente comigo próprio...? Faz-me lembrar às vezes o meu pai e as coisas que a minha mãe nos dizia (a mim e ao meu pai aquando discutíamos) “Vocês são iguais! Falam um do outro e fazem o mesmo!”. Ao ouvir isto, os dois, ficávamos renegados ao silêncio.. Será este o meu melhor amigo? A minha melhor defesa? Uma coisa é certa, não me deram dotes de fingir que está tudo bem, quando por dentro penso o contrário. É mais um, da minha lista de defeitos!

Parece que a trovoada já acalmou... Não... Afinal continua!

Já é quase 4h da manhã... e eu continuo à frente do computador, na escuridão do meu quarto, a escrever. Estou a escrever o que me atormenta... Aquilo que não me faz dormir!

Chove... Sinto a chuva lá fora na rua...

Estou meio anestesiado com o sono... No entanto, com a consciência que será mais uma das minhas noites de insónias... E quando conseguir dormir, lá para as 7h da madrugada, começarei com mais pesadelos. Pesadelos... Pesadelos... Todas as noites fazem questão de me atormentar... Acordo a suar a meio da noite (ou do dia), sem perceber bem porquê... Algo me atormenta à longos meses... Ainda não percebi bem o porquê...

A minha cama chama por mim. E eu chamo por ela... Será que será desta?





Vou tentar dormir...


Antes disso, ainda vou tentar apanhar a melga que me está a chatear desde que escureceu! E quando a apanhar...