29 junho 2007

The Doors - The End

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end

Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again

Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land

Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah

There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby

Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold

The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest

The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us

The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
Father, yes son, I want to kill you
Mother...I want to...fuck you

C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
C'mon baby, take a chance with us
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock
On a blue bus
Doin' a blue rock
C'mon, yeah

Kill, kill, kill, kill, kill, kill

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end

It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die

This is the end

Fuck You Dr. House!

28 junho 2007

Portugal veio para ficar

Está ai o Verão! Mais um Verão! Em Portugal temos realmente a sorte de ter um tempo tão maravilhoso como este. Em norma está sempre bom tempo e, entenda-se como bom tempo, estar sol, calor e pouco vento. Na altura de estudo, que no meu caso é esta, este bom tempo é subjectivo. Eu próprio classifico-o como “mau tempo”. É quase como torturante. Felizmente este ano não me posso queixar muito, sempre deu para umas “escapelas” à praia.
Estive a ver no outro dia um estudo que houve sobre a qualidade de vida em todos os países do mundo. O estudo baseava-se em diversos factores, nomeadamente o factor guerra, violência, crime, tempo meteorológico, hábitos alimentares, economia (como não podia deixar de ser), cultura, comportamentos sociais, etc. Portugal situou-se entre os países com melhor qualidade de vida do mundo, mesmo frente à Espanha, EUA, Inglaterra e França. Claro que um estudo é sempre um estudo, mas é também um indicador. Penso que temos o dever de criticar o que está mal e tentar mudar e não encolher os ombros (como muitos o fazem), mas também temos de apreciar o bom de Portugal (e não é pouco). Portugal têm inúmeros prazeres a oferecer e faz com que as pessoas que saiam do país tenham sempre saudades em voltar. Em muitos outros países esse sentimento não acontece.
Portugal é como uma casa que nos recebe sempre de braços abertos, apesar de esta poder ter muitos defeitos. No entanto, podemos mudar Portugal sempre para melhor e isso parte de cada um de nós, na sua vida diária. Penso que no aspecto de comportamento civilizado, (um respeito ao próximo) temos muito a aprender e também, na matéria de mentalidade conservadora e fechada à novidade. Com isto não quero dizer que se deva aceitar esta mesma novidade (seja ela qual for, estou a falar metaforicamente), mas que a reconheça e que a respeite como opinião, afirmação, comportamento ou pensamento alternativo. E principalmente que a oiça e que haja uma reflexão num novo paradigma.

24 junho 2007

O Amor não olha para trás

"Numa ocasião, um doutor da lei levantou-se e perguntou a Jesus para o experimentar: 'Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?'
'Que está escrito na lei?', volveu-lhe Jesus.
Ele respondeu:' "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração"; e, "Amarás o próximo como a ti mesmo." '
'Respondeste bem', disse Jesus. 'Faz isso e viverás.' Mas ele, querendo justificar a interpelação feita, perguntou de novo: 'E quem é o meu próximo?'
Tomando a palavra, Jesus respondeu: 'Um homem descia de Jerusalém para Jericó quando caiu nas mãos dos salteadores. Depois de o despojarem e encherem de pancadas, abandonaram-no, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. De igual modo, um levita, quando por ali passou, atravessou para o outro lado.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando nelas azeite e vinho. Depois, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas de prata e deu-as ao estalajadeiro. 'Trata bem dele, e quando voltar pagar-te-ei o que gastares a mais.'
'Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?'
O doutor da lei disse:'O que usou a misericórdia para com ele.'
Jesus retorquiu: 'Vai e faz tu também o mesmo.' "

Lucas 10:25-37

19 junho 2007

Apenas uma coisa é certa na vida... a Morte!

Será que ter constantemente em mente um pensamento vocacionado para esta pequena frase é algo mau? Ou mesmo mórbido? Penso que não e pelo contrário! Que enaltece a própria vida!
Voltando um pouco atrás, na Idade Média houve quase uma espécie de culto pela Morte. A Morte era algo que estava sempre presente na vida diária das pessoas. Todos os dias alguém morria, ou por doença ou numa batalha ou então, algum afortunado, por velhice. Deste modo, as pessoas sabiam que mais tarde ou mais cedo iriam morrer. E tudo o que fizeram na sua vida até aquele momento, nada significaria para outros passado algum tempo. Iriam ser esquecidos, excepto claro, raras excepções.
Mudaram os tempos, mas não este filme. Este acaba sempre em suposta tragédia... na Morte! Na sociedade ocidental actual a Morte não é encarada como deveria e é quase como mistificada. Existe uma espécie de áurea e névoa e também quase um dogma à volta desta ideia. A ideia da Morte foi considerada como algo não necessário às pessoas no seu dia a dia. Uma ideia dispensável. É um acontecimento supostamente trágico e em nada ajuda a desenvolver um país (nem o défice... como se fala muito em Portugal ultimamente). Deste modo a ideia da Morte foi varrida da vida das pessoas, apesar de esta estar implicitamente em todos os telejornais diariamente e no cinema e televisão. Vou parar o meu raciocínio por breves instantes apenas para lembrar um facto curioso que se pode constatar em todos os telejornais. É de notar que as notícias sobre greves ou sobre falta de emprego, devido ao fecho de uma fábrica ou por um negócio não se ter concretizado, vêm primeiro e só depois vêm então as notícias chatas sobre as milhares de mortes que ocorrem por todo o mundo (e.g. Iraque). Algumas nem aparece mesmo ou nem é dada a devida atenção. Dinheiro primeiro que a vida. Status primeiro que a Morte. É quase a ideia que antes Morrer que perder o meu status adquirido ou ficar pobre. Antes Morrer que ser um falhado na vida, segundo os standards ocidentais e aos olhos de outros.
As pessoas cada vez se preocupam mais com o seu status na sociedade. O status costuma ser traduzido pelos resultados dessa pessoa, nomeadamente a nível económico e em relação à sua popularidade social (nomeadamente nos media). As pessoas julgam e são julgadas constantemente e nada fazem para mudar. Como uma bola de neve que não pára de crescer. O que será que as outras pessoas irão pensar depois de eu ter feito isto? O prazer do individuo centra-se assim na massa e na opinião desta em relação a determinados aspectos da vida. Centra-se no standard. Tudo o que vai para além disto é considerado como um desvio e normalmente olhado de lado (principalmente em países pequenos e com mentalidade arcaica, como é o exemplo do nosso Portugal).
A Morte é a resposta a toda esta monotonia e standard social. Ela diz-nos que todos nós vamos morrer mais tarde ou mais cedo. Incluindo eu e tu! É algo inevitável. A resposta a isto é viveres a tua vida como achares que de facto ela merece ser vivida, na tua opinião. Procuras-te a ti próprio e à tua alma. Uma vida em que tu és o centro e tudo o resto é secundário, para não falar de terciário (como o financeiro, o status e o material). A vida é a resposta à Morte. Depois de morreres serás esquecido e passado uma geração, já ninguém se lembra de ti e nem talvez do teu próprio nome. O que importa realmente é como vives a tua vida e se te sentes bem com ela. Não importa o que os outros pensam da tua vida ou pensares em agradar aos outros. Aliás... ao dares assim tanta importância à opinião de outras pessoas é, realmente, tê-las muito em conta. Como é obvio que ouvir a outras pessoas e partilhar experiências e opiniões é fulcral. O debate é fundamental! Mas para isso é necessário interiorizar que todos somos diferentes e respeitar essa diferença (e procurá-la em ti).
Por isso, no meu entender, o que realmente interessa é as acções que praticas na tua vida diária. Nas tuas decisões. Se praticaste uma acção que entendes como má, censura-te e aprende com ela. Partilha a tua experiência. Pratica o bem e perdoa quem te ofendeu sem que essa pessoa ofereça as suas desculpas.



Acredita no que te digo... Apenas uma coisa é certa na vida... a Morte!

O que interessa é o que fazes com o tempo que te resta.

17 junho 2007

Long live Jim Morrison on the other side!



The Lizard King!

O Verde da Vida

Sinto-me uma criança... Sempre me senti. Uma criança com o seu bibe sujo de uma papa à muito ingerida. Uma criança que Caminha lentamente num deserto por uma estrada de alcatrão muito gasta. Uma estrada que vai em linha recta directamente até ao infinito. É uma paisagem muito seca, onde não há vida... Apenas existe o Sol e o vento, que faz questão de levantar muito pó, que quase me cega e me faz chorar.
Sem nenhuma necessidade para correr, vou Caminhando... Deste modo consigo poupar um pouco o meu esforço e não desanimar. Todas as outras crianças que me acompanhavam à muito fugiram para o deserto, talvez enlouquecidas pelo Sol escaldante. Apenas eu insisti em Caminhar descalço por este alcatrão abrasador. Quem será mais louco? Eu? Ou quem fugiu deste caminho?
É um Caminhada muito solitária. Sem água nem comida. Por vezes chego a ter alucinações, ou como dizem no deserto, miragens. Vejo um oásis onde poderei saciar todas as minhas faltas ou então vejo imagens de mais crianças que Caminham comigo por esta estrada tão solitária. Tudo não passam de ficções... De mentiras que os olhos me tentam vender. Por vezes caio em mim a comprar essas mentiras, talvez para alimentar a pouca esperança que existe em mim e, não fazer como as outras crianças, correr para o deserto onde deixará de existir qualquer objectivo a alcançar. Sou fraco... bem o sei!
Continuarei a mover estas pernas até que as forças me faltem. Ou então, até a sede ou a fome levarem a melhor. Continuarei a Caminhar até chegar aquele vale Verde que se vislumbra no horizonte. É o meu objectivo de Vida.
"(...) O Consumo constitui um mito. Isto é, revela-se como palavra da sociedade contemporânea sobre si mesma; é a maneira como a nossa sociedade se fala. De certa maneira, a única realidade objectiva do consumo é a ideia do consumo, a configuração reflexiva e discursiva, indefinidamente retomada pelo discurso quotidiano e pelo discurso intelectual, que acabou por adquirir a força de sentido comum.
A nossa sociedade pensa-se e fala-se como sociedade de consumo. Pelo menos, na medida em que consome, consome-se enquanto sociedade de consumo em ideia. A publicidade é o hino triunfal desta ideia. (...)"

"(...) Ao dizermos que a sociedade de "abundância" é o seu próprio mito, compreende-se que ela retoma à sua conta, em nível global este admirável "slogan" publicitário que poderia servir de exagero: "O corpo com que sonha é o seu". Uma espécie de imenso narcisismo colectivo leva a sociedade a confundir-se a absolver-se na imagem que oferece de si mesma, a convencer-se de si mesma da mesma maneira que a publicidade acaba por convencer as pessoas dos seus corpos e dos seus prestígios - em sumo, como dizíamos antes, a "autoprofetizar-se". (...)"

"(...) O povo contempla-se no espelho. É também o que se passa com as celebridades, com as vedetas e com os "heróis do consumo": "Outrora os heróis representavam um modelo: a celebridade é uma tautologia... O único título de glórias das celebridades é a própria celebridade, o facto de serem conhecidas... Ora, semelhante celebridade reduz-se à versão de nós próprios enaltecida pela publicidade. Ao imitá-la, procurando vestir-nos com ela, falar a sua linguagem, apresentar a sua aparência, nada mais fazemos que imitar-nos a nós mesmos... Ao copiarmos tautologias, também nós nos tornamos tautologias: candidatos a ser o que somos... procuramos modelos e contemplamos o nosso próprio reflexo.". E quanto à televisão:"Tentamos conformar a vida do lar com a imagem das famílias felizes que a televisão nos apresenta; ora, tais famílias limitam-se a ser a síntese divertida de todas as nossas". (...)"

Jean Baudrillard in "A Sociedade de consumo"

15 junho 2007

"O Remorso" de Bocage

"Aquele que domina os céus brilhantes,
Artífice da máquina estrelada,
Ante cuja grandeza os reis são nada,
Átomo a Terra, os séculos instantes.

O Deus, que contra os vícios negrejantes
Pela voz dos trovões ao homem brada,
Da mísera virtude atropelada
Vinga os tristes suspiros penetrantes.

Sem que o mortal com lágrimas o peça,
Juiz imparcial, juiz superno,
Na causa do inocente se interessa.

Manda-te ressurgir do horror eterno,
Devorante remorso! Em ti começa
O suplício dos maus, dos maus o Inferno."
"Sentia-me como se caminhasse com o destino, que toda a minha vida passada não tinha sido mais do que uma preparação para aquela hora e aquela provação." Winston Churchill quando, a 10 de Maio de 1940, assumiu o cargo de Primeiro-Ministro

14 junho 2007

"O observador da alma não pode penetrar a alma, mas há uma zona limite onde entra em contacto com ela.
O conhecimento que resulta deste contacto é que a alma não sabe nada dela própria. Deve por isso continuar desconhecida.
Isto só seria aflitivo se houvesse ainda algo além da alma."

(...)

"A psicologia consiste em ler uma escrita invertida, é portanto uma coisa laboriosa e, qualquer que seja o resultado exacto, rica em achados, na realidade não modifica nada."

Franz Kafka

12 junho 2007

«Quelle est la fin de tout ? la vie, ou bien la tombe ?
Est-ce l’onde où l’on flotte ? est-ce l’onde où l’on tombe ?
De tant de pas croisés quel est le but lointain ?
Le berceau contient-il l’homme ou bien le destin ?
Sommes-nous ici-bas, dans nos maux, dans nos joies,
Des rois prédestinés ou de fatales proies ?

O Seigneur, dites-nous, dites-nous, ô Dieu fort,
Si vous n’avez créé l’homme que pour le sort ?
Si déjà le calvaire est caché dans le crèche
Et si les nids soyeux, dorés par l´aube fraîche,
Où la plume naissante éclôt parmi des fleurs,
Sont faits pour les oiseaux ou pour les oiseleurs ?»

Victor Hugo
24 de Março de 1837

05 junho 2007

Materialismo

Hoje estava a ver o telejornal e vi que, tal como dizia o jornalista, uma carrinha de valores foi vítima de uma tentativa de assalto, no entanto os ladrões não levaram nada. Ao ouvir isto não pude deixar de achar uma certa piada, visto haver quase um certo paralelismo entre este pequeno incidente e a sociedade actual. Se nem uns ladrões equipados com caçadeiras e um BMW conseguiram alguns valores de uma carrinha cheia deles, será que o cidadão comum os conseguirá? Será que os valores estão assim tão bem protegidos e inacessíveis para o povo?
Antigamente vivíamos numa sociedade com distinções entre pessoas. Se uma pessoa nascia pobre, morria pobre. Ou então, se nascia rica, morreria rica. A ambição não era preocupação das pessoas naquelas altura. Contentavam-se com o que tinham e viviam felizes com isso. O que acontece na sociedade democrática dos tempos que correm é que toda a gente é, supostamente, considerada como igual. A ideia é fascinante e talvez poderemos dizer que é a mais justa. No entanto, formámos uma sociedade que já dão o nome de sociedade Prozac. A ideia que qualquer pessoa poderá ser aquilo que quer é uma ideia à primeira vista animadora e entusiasta, no entanto, quando ela é vivida poderá ser uma ideia e uma forma de vida que transborda ansiedade ao ser humano, visto que as suas ambições nunca estarão saciadas. A ideia que uma pessoa é avaliada pela sua riqueza material e pelo seu status social subverte todos os valores que ajudamos a construir ao longo de séculos. O pensamento que as pessoas ricas são de alguma forma os escolhidos de Deus e os pobres os infelizes e os renegados é mortal.
Vivemos numa sociedade de Markting Social, em que o que interessa é vender sonhos. Nem que sejam sonhos instantâneos. Somos constantemente bombardeados com publicidade e é o sexo que vende mais. Talvez por isso o materialismo foi associado ao sexo e ao amor, por isso, se não formos bem sucedidos na vida e não tivermos dinheiro e status em abundância (e mais que o vizinho) não seremos felizes e não poderemos amar. A mensagem foi totalmente subvertida. A mensagem de um simples carpinteiro que nos dizia que para amar e ser felizes apenas necessitávamos de amar e querer o bem do próximo. Acreditando ou não em Deus, no meu entender é a mensagem mais bonita e mais sincera que existe. No entanto, será que se Deus voltasse supostamente à Terra poderia voltar como carpinteiro? Será que a nossa sociedade o ouviria? Já não temos cruzes para o crucificar... Elas foram substituídas pelas ruas, pela exclusão social. Então será que Deus seria despejado na rua como um sem abrigo e a mensagem seria perdida? Será que Deus bateria na tua janela do carro e tu seguirias viagem sem lhe dirigires a tua palavra e olhar?